Muito Trabalho Para a Norma Racing na 2ª Etapa do Campeonato de Portugal de Karting KIA

As condições atmosféricas muito difíceis durante a segunda etapa do Campeonato de Portugal de Karting KIA, no passado fim de semana em Fátima, obrigaram a equipa da Margem Sul a muito trabalho para trazer os melhores resultados possíveis aos seus dois pilotos.

A 2ª etapa do Campeonato de Portugal de Karting KIA disputou-se no passado fim de semana no Kartódromo de Fátima, sendo a instabilidade atmosférica o maior de todos os adversários de pilotos e equipas, divididos por seis categorias. Com pilotos na Júnior e X30, a Norma Racing Team trabalhou bastante para que os seus dois representados estivessem ao mais alto nível. No entanto, a pista escorregadia acabou por ser determinante no resultado final obtido.

Na categoria X30, entre um total de 14 pilotos, o espanhol Álvaro Garcia acabou por ser o melhor dos dois representantes da Norma Racing Team este fim de semana em Fátima. Aos comandos do Tonykart, o espanhol começou por garantir o segundo melhor tempo da sessão de treinos cronometrados (47.260s). Com um excelente desempenho na 1ª manga de qualificação, Álvaro Garcia garantiu o 3º lugar, deixando excelentes perspetivas para as duas corridas de Domingo. Na 2ª manga de qualificação, tornou a ser 3º, lugar que lhe garantiu posição na primeira linha (2º) da grelha de partida da Final. Na corrida mais importante da X30 no fim de semana de Fátima, Álvaro Garcia ficou 'às portas' do pódio, na 4ª posição. Com estes resultados, o 'nuestro hermano' ocupa atualmente o 2º lugar na tabela pontual da X30.

“Na Final, os resultados não refletem o fim de semana. Conseguimos sempre andar rápido, apesar de o tempo estar muito instável”, disse Nuno Martins, responsável máximo da Norma Racing Team. “As estratégias e decisões que tomámos como equipa foram sempre as mais corretas, mediante as condições na pista, ora chovia ora secava, o que dificultou muito o nosso trabalho. Na X30, com o Álvaro Garcia, optámos por pneus para seco nos cronometrados, quando a maioria dos pilotos usou pneu de chuva. Conseguimos fazer o 2º melhor tempo. Nas corridas, andámos bem e sem grandes problemas, embora as partidas tenham sido sempre muito mal dadas, com pilotos a cortar linhas e a queimar partidas. A organização nem sequer nos permitiu ver imagens das camaras para podermos confrontar as penalizações e ver sobre pilotos que cometeram ilegalidades e não foram penalizados. Fomos pedir para ver as imagens e isso nunca nos foi facultado, o que a nosso ver não é correto. Houve também decisões polémicas do colégio de comissários desportivos em que entre eles próprios também não havia consenso.”

Sobre a prestação de Álvaro Garcia, Nuno Martins referiu ainda que “com ele a equipa andou sempre bem, apesar de o consumo de pneus na pista ser muito exagerado, os pneus desfaziam-se muito depressa. Na 2ª manga de qualificação, quando ia em 2º, rebentou-se um dos pneus da frente. Partiu as telas completamente. Apresentei o pneu como reclamação, pois achei que aquele resultado não é normal. O pneu ficou para análise, mas ficámos com um pneu a menos, pois só temos meio jogo extra para a Final. Não sei como ele conseguiu acabar em 3º, com a jante a arrastar no chão. Na Final, a partida foi no mínimo polémica. O Álvaro saía da primeira linha, mas ele na realidade arrancou em 4º e não houve penalizações de linhas, nada. Foi um bocado, digamos que polémico.”

Pedro Perino, representante da Norma Racing Team na Júnior, teve um fim de semana bastante difícil em Fátima, na 2ª etapa do Campeonato de Portugal de Karting KIA. O piloto de Oeiras começou por ser 8º nos treinos cronometrados (48.148s), prosseguindo depois na luta com um traçado bastante escorregadio durante a 1ª manga de qualificação, em que foi 6º entre os 14 pilotos da categoria. No Domingo, Pedro Perino não fez melhor que o 8º posto na 2ª manga de qualificação, prejudicado por uma penalização por mau posicionamento no arranque, que o retirou do 6º lugar obtido em pista. Com tudo isto, o jovem de Oeiras ficou com a 7ª posição na grelha de partida para a Final (4ª linha), o que garantia perspetivas de um desempenho positivo. No entanto, o piloto acabou por nem sequer iniciar a prova, pois a vela do seu Tonykart isolou na volta de lançamento.

“Na Júnior, o Pedro Perino esteve sempre muito inconstante, também muito fruto da instabilidade atmosférica. Foi penalizado injustamente, na nossa opinião, numa das mangas, por posição incorreta no arranque. Tive acesso a umas imagens, não as da organização que essas não nos deixaram ver, mas outras que nos permitem ver que ele e vários outros pilotos estavam mal posicionados. No entanto, apenas alguns desses pilotos foram penalizados. Eu quis apelar da decisão no colégio de comissários desportivos e mais uma vez não me foi permitido consultar as imagens oficiais. Na Final, com o Perino a vela isolou na volta de lançamento, nada a fazer. Dizer também que as voltas de lançamento foram outra confusão este fim de semana, com enorme disparidade de andamentos, o que pode fazer com que as velas isolem e até mesmo haja acidentes.  Deve-se pedir e esperar que não haja este nível de descoordenação no capítulo organizativo, algo a quem nem o parque fechado escapou. Não houve comunicação, os comissários mudavam horários e nem sequer informavam as equipas, uma lástima. Foi declarada uma vez corrida de chuva e as equipas não sabiam, porque a informação não era audível no paddock.  Um desastre, esta organização que insatisfez e enfureceu muita gente. E a nível federativo igual. Ninguém se entendia no colégio de comissários desportivos. Se continuarem por este caminho, entidade federativa e organizações vão acabar a correr sozinhos. Uma vergonha!”